Desenvolver um planejamento estratégico, não é uma tarefa fácil, porém essencial para a saúde do crescimento de um negócio. A definição de uma estratégia, normalmente se faz presente em um momento de fragilidade da organização e atribuir à ferramenta a única solução de problemas empresariais já recorrentes é um erro comum de gestores, sobretudo de pequenos e médios negócios, normalmente mais sensíveis às variações mercadológicas. O desenvolvimento de um planejamento deve acontecer para que qualquer meta de crescimento ou manutenção aconteça de forma organizada.
O desenvolvimento do planejamento é a etapa que menos se tem dificuldade. Desenvolver objetivos, indicadores, metas e iniciativas, normalmente traz consigo uma carga de ânimo e expectativa. Toda estratégia, ainda, traz consigo um “frio na barriga”, pois não há estratégia perfeita e totalmente previsível. É utopia acreditar que, ainda que assertiva e coerente em seja sua definição, haverá atingimento satisfatório em todos os itens planejados. Em razão disso, é importante que todo planejamento seja vivo, e seja modificado na medida em que indicadores quantitativos ou mesmo qualitativos não estão sendo atingidos.
As principais premissas que trazem sucesso a um planejamento estratégico estão sim na sua coerência e assertividade de desenvolvimento, mas dependem também de criteriosa análise de mercado, com profundidade e atribuição de ações ou iniciativas que permeiem o atingimento dos objetivos. O controle sistemático é outro item importante para verificação da efetividade da estratégia definida. É nessa análise de indicadores que podem ser feitos possíveis desvios de cursos, necessários em caso de não atingimento de objetivos.
O planejamento de longo prazo, em tempos de recessão econômica, pode ser uma decisão perigosa, pois há sensibilidade do mercado e as mudanças internas e externas ocorrem a todo momento. O planejamento estratégico pode ser um instrumento de curto prazo e contingencial para esses momentos, balizado por uma engenharia financeira adequada ao momento da organização, além de ações internas de resolução de diversas questões e problemas atrelados à gestão do negócio, não colocando toda a expectativa de resolução dos problemas da empresa na ferramenta de planejamento. Lembre-se, ainda, que a perspectiva financeira dentro da organização é a consequência da efetividade de outras áreas da organização como o desenvolvimento e atribuição assertiva de pessoas, práticas de qualidade, sistematização para controle da gestão, aumento de portfolio de clientes, fidelização e enfim, a correta distribuição e alocação dos recursos.
O olhar principal do planejamento deve ser sempre externo, de itens que não se tem o controle. Desenvolver uma estratégia com foco e objetivos em redução de custos, por exemplo, está totalmente dentro do controle de gestores e colaboradores, e não traz desafios pessoais e profissionais ao corpo estratégico, tático e operacional. Muitos gestores desacreditaram na ferramenta de planejamento estratégico por seu cunho institucional e não prático. A correta análise da aplicabilidade e coerência da ferramenta está na qualidade de desenvolvimento com olhar externo e não com foco para dentro somente.
Os caminhos para o sucesso são muitos. O planejamento estratégico é uma das alternativas, porém, já aplicada e testada, em diversos tipos de organização, de vários portes e com excelentes cases.
Inicie sempre o processo de planejamento estratégico pelo curto prazo, principalmente se sua organização não tem a cultura do desenvolvimento dessa ferramenta. Defina a identidade de seu negócio. O desenvolvimento de uma identidade estratégica aliada ao propósito da organização, é o primeiro passo para que se tenha uma estratégia coerente com os objetivos e direcionamentos mercadológicos da organização. Defina após a identidade, qual o objetivo central que deve ser perseguido com sinergia pelos seus colaboradores. Divida, tal objetivo em metas, controle via indicadores, e principalmente, articule iniciativas com sua equipe tática e operacional principalmente, engajando-os no desenvolvimento dessas ações que permearão o atingimento dos objetivos definidos.